Vem deitar-te a meu lado.
Estende os teus braços calorosos sobre o meu corpo cansado e diz-me baixinho ao ouvido aquelas palavras meigas e os versos soltos que ressoam em mim como beijos teus. Abriga-me desse vasto céu, dessa escuridão infinita que me agarra sem me tocar e me impele ao insustentável vazio. Traz esse manto de serenidade que só tu conheces e pousa-o sobre mim, como um resguardo da alma, um néctar de sonhos, uma tela lívida oferecendo-me o esquisso de uma Vida.
4 Comments:
hey! vou inaugurar.
"uma tela lívida oferecendo-me o esquisso de uma Vida"
a vida que te oferece não será tão lívida, esperemos... a tela ainda estar branca permite-vos desenhar a vida em conjunto, aí já tem mais piada...
"palavras meigas e os versos soltos que ressoam em mim como beijos teus" bom, muito bom.
e oscar wilde no subtítulo...
a coisa promete
*
You're welcome :)
Sim, a tela lívida significa uma oportunidade, um convite discreto para uma Vida desenhada a dois.
Quanto à citação... sempre lhe achei uma certo glamour :P
Volta sempre *
A areia que pisaste arranhou-te a tela; tela que era lívida, te esboçava agora rasgos de um rubor que o inexorável tempo não apagava. Fechaste os olhos, aqueles, sabes, que trazes sempre mais cheios de estrelas do que de lágrimas, mais cheios de maresia do que de mim. Mas belos... Neles sempre vi, no seu reflexo, uma verdade sublimada do real. Em prata, ouro e esmeralda, o mar, o céu, a areia... Ao longe o mar murmurava, naquela sua língua imperceptível que diz as coisas mais ternas, e como se o seu rumor levasse as minhas palavras, aproximei-me e soprei-tas ao ouvido, deliciando-me depois do arrepio provocado no teu doce pescoço salgado.
Nessa noite a areia que pisamos arranhou-nos a tela, talvez a Vida!
"S"... de Sublime.. e mais não o sei :)
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