sábado, novembro 25, 2006


"Quiero tenerte muy cerca

mirarme en tus ojos

verte junto a mí

Piensa que tal vez mañana

yo ya estaré lejos

muy lejos de aquí"

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Era uma manhã húmida, de olhos(talvez só os meus), quando sem dizer, me disseste: "adeus".

Lembro de ti como eras, perfumada de girassóis, trazias luzes no olhar profundo, rosas nos rubros lábios, que se desfaziam em pétalas de palavras nunca vãs. Eu enternecido, perdia a mão nos olhos, e deixava-os esquecidos em ti. Ah, eras tão bela...

Recordo, agora, e tão bem com se hoje fosse, os beijos que nunca me deste, quando me enlaçavas na teia de seda do teu abraço. Sei todos os dias que não passei a teu lado, e tu, como sempre, repousavas a minha cabeça no teu colo, e deixavas-me chorar, desfazendo em carícias os teus dedos ténues, que como dum toque, o resfolgar de borboletas.

Era certo que não serias minha, mesmo quando te sabia de olhar entornado, perdido com a distância. E segredava-te versos meus, aqueles, de que nunca gostaste:

"Para quê bela princesa,
Tanta tristeza, tanto pesar?
Se há sempre quem roube tempo ao tempo,
Para mais que o tempo vos dar."

Agora vais, mas ainda te quero, mais do que dantes talvez. Se pudesse gritava-te que não, que não fosses, que onde viste um vazio negro, mais que vácuo, existiam estrelas que não te mostrei.
Anda, o tempo espera, só tu me fazes tentar ser melhor do que era. Anda, faz os teus pés beijar as pedras desse caminho, já tão longo, que te aparta de mim. Que dizem? Não ligues, sempre falam... Anda!

7:40 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

muito bom!

4:43 da tarde  
Blogger Rael said...

Não é meu costume comentar os "comments" alheios... mas devo parabenizar o confrade/confrada "S" pelo texto. Não pelo seu conteúdo, pois não me compete a mim tal análise... mas pelo carácter sincero que, a meu juízo, parece conter e é de aplaudir :)

11:59 da tarde  

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